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Dicas para tornar suas compras online mais seguras

O aumento no volume de compras online desde o início da pandemia fez as transações atingirem os 78,5 milhões em todo o país nos três primeiros meses de 2021, segundo a Neotrust. Isso representa um acréscimo de 57% em relação ao mesmo período de 2020.

Uma pesquisa da Axur demonstra que, de todos os dados de cartões expostos em 2020, 45% pertenciam a brasileiros. Desde o início da pandemia, o e-commerce brasileiro teve prejuízo de R$ 2 bilhões. O motivo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, foram as fraudes e os golpes aplicados nesse ambiente.

Todo o movimento de compras online naturalmente levou a um maior risco de exposição de dados. Invasões em sites de e-commerce podem levar informações de clientes diretamente para as mãos de cibercriminosos. “Os golpes ficam cada vez mais elaborados”, aponta Gustavo Henrique Duani, Chief Information Security Officer da Claranet Technology S/A.

Imagem: Reprodução/Freepik/Snowing

Então, é preciso se prevenir para evitar que os dados incluídos nessas plataformas sejam coletados por golpistas. “O consumidor deve ficar atento para não se tornar vítima, já que é muito difícil tirar dados expostos de circulação”, destaca Duani. Veja, a seguir, algumas dicas!

1 – Dispositivo e rede

Evite utilizar redes WiFi públicas, que normalmente não são seguras. Se precisar navegar nelas, não acesse bancos ou aplicativos que solicitam códigos e senhas. Procure fazer essas ações em um Wi-Fi protegido (no celular, no tablet ou no computador). Na hora das compras, escolha lojas que utilizam plataformas de pagamento seguras, que não compartilham os dados com os lojistas.

Lembre-se de fazer essas compras apenas em dispositivos pessoais. É mais confiável que usar equipamentos de terceiros, pois diminui a chance de as informações ficarem registradas no histórico de um aparelho alheio.

2 – Senhas complexas

Uma senha forte e segura é a primeira barreira de proteção. Alguns sites informam se o código escolhido é seguro o suficiente. Além disso, defina uma senha diferente para cada serviço (como instituições financeiras, redes sociais e aplicativos).

3 – Autenticação em duas etapas

Quando essa opção é habilitada, o sistema envia uma confirmação por e-mail ou SMS para que seja usada em conjunto com a senha. Apesar de dar mais trabalho para entrar em sites, a ferramenta acrescenta mais segurança à operação.

4 – Engenharia social

A maioria dos golpes usa a engenharia social. “O mais curioso é que a vítima, sem querer, faz outras vítimas ao encaminhar links de promoções falsas ou cadastros que só existem para roubar dados pessoais”, Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Segurança Digital.

As armadilhas mais perigosas estão nos golpes que usam contas de WhatsApp clonadas. Com o aumento das exposições de dados e os ataques a grandes empresas, essas ações aumentaram bastante.

Imagem: Reprodução/Elements/halfpoint

5 – Sites desconhecidos

Produtos com preços baixos em lojas desconhecidas são um sinal de alerta. Nesse caso, é importante pesquisar: confira as redes sociais da empresa, procure informações em grupos de mídias sociais e verifique opiniões em sites especializados em avaliações de usuários. “A regra básica é não acreditar em milagres nem ir atrás de ofertas que apresentam descontos além da realidade”, ensina Igreja.

Pequenas e médias empresas costumam ser mais vulneráveis, já que as grandes varejistas, e-commerces e marketplaces investem mais em cibersegurança. Antes de comprar, lembre-se de confirmar se a URL tem o ícone de cadeado.

6 – Compartilhamento de dados

Além dos dados básicos, como nome, e-mail e telefone, os sites de e-commerce podem pedir a inclusão de documentos. Se ela for opcional, não os inclua — quanto menor a quantidade de dados disponíveis, maior a possibilidade de mantê-los seguros. “Não se deve preencher campos de cadastro não obrigatórios”, destaca Igreja.

Evite, ainda, deixar o número do cartão de crédito registrado no cadastro: isso pode facilitar o acesso a essas informações. Mesmo que seja mais trabalhoso inserir os dados a cada compra, é um reforço para a segurança digital.

7 – Boleto

Sempre que possível, opte por meios de pagamento que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e outras oferecem mais segurança e podem ser acionadas se der algo errado na transação.

Se tiver de escolher o boleto, confira se a empresa existe e qual a sua reputação em sites de avaliação. Além disso, é preferível que o código de barras do boleto seja lido pela câmera do celular ou do caixa eletrônico. Quando a linha digitável é adulterada, é comum que o código de barras não seja compatível e mais fácil identificar se o documento é fraudulento.

8 – Cartão de crédito

Imagem: Reprodução/Pexels/Pixabay

Quem usa muito o cartão de crédito nas compras online, deve ativar as notificações de uso. “Assim, se houver atividades suspeitas, o alerta vem na hora”, aponta Igreja. “E vale, ainda, sempre monitorar a fatura do cartão e não deixar nada passar, pois, quanto mais tarde, mais difícil é reclamar.”

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